Demografia

Maranhão: saiba sobre a demografia

O Maranhão possui 217 municípios distribuídos em uma área de 331.983,293 km², sendo o 8º maior estado do Brasil, um pouco menor que a Alemanha. Sua população estimada em 2007 é de 6.118.995 habitantes, sendo o 10º estado mais populoso do país, com população superior à da Jordânia.

Cerca de 70% dos maranhenses vivem em áreas urbanas. O Maranhão possui 18,43 habitantes por km², sendo o 16º o na lista de estados brasileiros por densidade demográfica.

Maranhão é um dos estados mais pobres do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual a 0,683, comparável ao do Brasil em 1980 e superior apenas ao de Alagoas na lista dos estados brasileiros por IDH. O estado possui a segunda pior expectativa de vida do Brasil, também superior apenas à de Alagoas.

De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em 2007, o Maranhão é o estado com o maior déficit habitacional relativo do país. O Maranhão apresenta um índice de 38,1% (que equivale ao número de imóveis existentes, dividido pelo de moradias necessárias para suprir a demanda da população).

Em termos absolutos, o déficit no estado chega a 570.606 unidades, o 5º maior do país. O déficit maranhense representa 7,14% do déficit absoluto total brasileiro, estimado em 7.984.057.

A média maranhense é quase três vezes maior do que a nacional, de 14,6%. Para a FGV, as causas do déficit no estado estariam relacionadas à má distribuição de renda, à inadimplência do Estado e Municípios e à política aplicada no setor.

De acordo com dados divulgados pelo IBGE em 2009, o Maranhão possui o maior número de crianças entre oito e nove anos de idade analfabetas. Quase 40% das crianças do estado nessa faixa etária não sabem ler e escrever, enquanto que a média nacional é de apenas 11,5%. Os dados do IBGE, porém, não oferecem um diagnóstico completo da situação, pois se baseiam somente na informação de pais sobre se seus filhos sabem ler e escrever um bilhete simples.

Em 2006, os alunos do Maranhão obtiveram a 4º pior nota na prova do ENEM de língua portuguesa. Em 2007, obtiveram a 7º pior, que foi mantida na avaliação de 2008. Na redação, os alunos se sairam um pouco melhor, apresentando a 6º pior nota em 2006 e subindo seis posições em 2007.

O Maranhão apresenta o segundo maior índice de mortalidade infantil do Brasil, inferior apenas ao de Alagoas. De acordo com dados do IBGE, de cada mil nascidos no Maranhão por ano, 39 não sobreviverão ao primeiro ano de vida. Vários fatores contribuem para o alto índice de mortalidade infantil no estado, dentre eles o fato de que metade da população tem acesso à rede de esgoto e quase 40% não tem acesso a água tratada.

O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do país, o que pode ser demonstrado pelo número de 68,8% de pardos auto-declarados ao IBGE, resultado da grande concentração de escravos indígenas e africanos nas lavouras de cana-de-açúcar, arroz e algodão; os grupos indígenas remanescentes e predominantes são dos grupos linguísticos Jê e Tupi.

A população branca, 24,9% é quase exclusivamente composta de descendentes de portugueses, dada a pequena migração de outros europeus para a região. A proximidade com a cultura portuguesa e o isolamento do estado até a metade do século XX gerou aqui um sotaque próprio e ainda bastante similar ao português falado em Portugal, praticando os maranhenses uma conjugação verbal e pronominal vizinha àquela lusitana.