Goianinha

Dicas incríveis da Cidade

Sobre a Cidade:

Goianinha é um município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil), localizado na microrregião do Litoral Sul.

Geografia

De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2007, sua população é de 20.350 habitantes. Área territorial de 192 km². É limitado ao norte, pelos municípios de São José de Mipibu e Arez; ao sul pelos municípios de Canguaretama e Vila Flor; a leste, com Tibau do Sul; e a oeste, pelo município de Espírito Santo.

Aspectos Socioeconômicos

As principais atividades econômicas são agropecuária e comércio. Em relação à infra-estrutura, o município possui 03 pousadas, 02 agências bancárias e 01 agência dos Correios, além de 366 empresas com CNPJ atuantes no comércio varejista. (Fonte: IDEMA – 2001).

História

A palavra goiana vem do tupi-guarani e quer dizer abundância de caranguejos. No ano de 1635, a aldeia da área chamada Goacana ou Viajana, figurava entre as seis maiores da capitania do Rio Grande do Norte, e era habitada pelos índios Janduís. Nos idos de 1687, segundo alguns historiadores, a região foi habitada por moradores brancos, provavelmente portugueses, depois da expulsão dos índios.

O início da exploração da região aconteceu de fato a partir das datas de sesmarias, concedidas a vendedores ambulantes vindos de Goiana Grande, no Estado de Pernambuco, movimentado centro comercial da época. Os ambulantes chegaram à aldeia no século XVII e a chamaram de Goianinha, ou seja, uma Goiana pequena.

Goianinha fazia parte do seu vizinho território, constituído pela Aldeia de São João Batista das Guaraíras, depois, Arês, sob a direção dos jesuítas. Arês foi elevada ao predicativo de Vila Nova de Arês, em 15 de junho de 1760.

O crescimento do povoado desenvolveu-se dentro de uma produtividade econômica voltada para a agricultura, a pesca e a pecuária.

No dia 7 de agosto de 1832, era criado o município de Goianinha, recebendo a denominação de Vila de Goianinha, que só foi elevado à categoria de cidade 96 anos depois, através do Decreto Estadual n° 712, de 2 de novembro de 1928.

Filhos ilustres

André de Albuquerque Maranhão foi o chefe da Revolução de 1817 (também conhecida como Revolução Pernambucana), no Rio Grande do Norte. Foi grande proprietário rural, Cavaleiro da Casa Real; Senhor de Cunhaú; Coronel comandante da Divisão do Sul.

Era herdeiro opulentíssimo do Morgado Cunhaú e, por seus relevantes serviços, foi condecorado com o hábito de Cristo e a patente de Coronel de Milícias a cavalo.

Possuía autoridade na Região Agreste de Natal à Cunhaú. Região que hoje é conhecida como Microrregião do Litoral Sul.

Na manhã de 28 de março, André, com sua tropa, parentes e oficiais, faz a entrada solena na capital, apoiado pela Companhia de Linha. No dia seguinte, convoca pessoas conhecidas, religiosas e constituiu o governo.

No dia 30, chega o reforço militar da Paraíba, cinquenta soldados, comandados por José Peregrino Xavier de Carvalho. Mas após a partida destes em 25 de Abril de 1817 enfraquece o governo de André de Abuquerque. Todos o abandonam. Apenas o padre João Damasceno permanece ao seu lado.

André de Albuquerque, sentado à mesa dos despachos, viu a sua sala ser invadida pelos contra-revolucionários. Inerte, ante a surpresa, negou-se a entregar-se e quis reagir. Mas estava só. Sem defesa. Foi então ferido por Antônio José Leite Pinho que atingiu com a espada a sua região inguinal. No tumulto, ainda procurando segurar a lâmina, fere dois dedos.

André foi arrancado do governo provisório impunemente apunhalado. Ferido, foi conduzido para a Fortaleza dos Três Reis Magos e colocado num quarto escuro. Sem assistência, sem tratamento, agonizou a noite inteira. Apenas recebeu do soldado Inácio Manuel de Oliveira uma esteira para forrar o solo molhado e uma trouxa de roupa para descansar a cabeça.

Sentindo a morte que se aproximava, chamou o amigo, vigário da Freguesia de Natal, Feliciano José d’Ornelhas, para dar-lhe a extrema unção.

Banhado em sangue, sem assistência, falece o opulento Senhor de Cunhaú, com aproximadamente 40 anos de idade.

Pela manhã, retiraram o corpo de André de Albuquerque que foi transportado nú, sujo de sangue coagulado, para ser sepultado na Matriz. O seu ideal de liberdade, porém, jamais foi apagado. Seu exemplo ficou na história. A independência do Brasil acabou acontecendo 5 anos depois, em 1822.

  1. ? 1,0 1,1 Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. ? Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.
  3. ? Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  4. ? 4,0 4,1 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

Ligações externas


Este artigo é um esboço sobre Municípios do estado do Rio Grande do Norte. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.