Prata

Dicas incríveis da Cidade

Sobre a Cidade:

Prata é um município brasileiro localizado no Estado de Minas Gerais. Com uma população estimada de 26.857 habitantes, detém o maior rebanho bovino do Estado e a segunda maior produção de leite do Triângulo Mineiro. Prata é conhecido nacionalmente como a “Capital do Leite”.

História

As origens da fundação do Município de Prata prendem-se às primeiras entradas de bandeirantes e aventureiros na região do Sertão da Farinha Podre, hoje denominada Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais, com o objetivo de encontrar terras propícias a agricultura e criação de gado.

Entre os anos de 1810 e 1813, o sargento-mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, fundador de Uberaba, fez varias incursões no território do atual Município de Prata, demarcando sesmarias para si e seus companheiros. Posteriormente, Antônio Eustáquio e outros sesmeiros doaram o terreno para a construção do arraial que, em 1839, foi elevado à categoria de distrito de paz, com a denominação de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos.

Desenvolvendo-se rapidamente, o povoado recebeu foros de vila em 1848.

O distrito de paz foi criado em 13 de março de 1839, pela Lei n.° 125, com a denominação de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos. No ano seguinte, a Resolução n.° 164, de 1.° de março, criou a freguesia. O Município, criado pela Lei n.° 363, de 30 de setembro de 1848, e supresso pela de n. 472, de 31 de maio de 1850, foi restaurado com o nome de Prata e território desmembrado do município de Uberaba, por força da Lei n.° 668, de 27 de abril de 1854. Verificou-se a reinstalação a 2 de dezembro de 1855. A Lei n.° 2 002, de 15 de novembro de 1873, concedeu foros de cidade à sede municipal. A comarca de Prata, criada pela Lei n.° 1 740, de 8 de outubro de 1870, e extinta pela de n.° 375, de 19 de setembro de 1903, foi restaurada em cumprimento a Lei n.° 663, de 18 de setembro de 1903. A reinstalação realizou-se no dia 18 de outubro de 1918, de acordo com o Decreto n.° 5 095, de 3 de setembro desse ano.

Foi o terceiro núcleo urbano a se formar no Triângulo Mineiro (Araxá e Uberaba foram os primeiros). De Prata surgiram todas as cidades do Pontal do Triângulo (Ituiutaba, Frutal, Campina Verde, Santa Vitória, Iturama, Monte Alegre e outras).

É formado pelos distritos de Prata (sede), Jardinésia e Patrimônio.

Historiadores asseguram que em Prata, por volta do ano de 1857, pela primeira vez, houve um movimento pela emancipação do Triângulo Mineiro do Estado de Minas Gerais, sob o argumento de que o governo mineiro pouco fazia pelo desenvolvimento da região, pois não investia em estradas, saúde e educação, relegando a região ao esquecimento.

Geografia

O município de Prata é o maior em extensão territorial do Triângulo Mineiro. A cidade de Prata está situada às margens da BR-153 (Transbrasiliana), no centro geográfico da região. Com a latitude de 19°18’27” sul e longitude de 48°55’22” oeste, estando a uma altitude de 631 metros.

Distâncias

Clima

Seu clima predominante é o tropical semi-úmido, com chuvas de verão e seca de inverno. O clima tropical de altitude está presente no divisor de águas entre os rios Tejuco e da Prata, no leste do município, onde as altitudes ultrapassam os 800 m. A Temperatura média anual na cidade é de 24°C, mínima de 7°C no outono e máxima de 40°C na primavera. Pluviosidade média anual de 1.500mm.

Relevo e Vegetação

O relevo é Planalto sedimentar medianamente dissecado na maior parte, relevos residuais a oeste e planície fluvial a leste. Altitude máxima: 866 m – local: Chapadão do Prata (extremo leste do município na divisa com Veríssimo). Altitude mínima: 492 m – local: Rio Verde ou Feio (divisa com Campina Verde). A vegetação é o Cerrado (predominantemente) e floresta tropical no vale dos principais rios.

Hidrografia

Principais rios: Tejuco, da Prata, Verde ou Feio, Douradinho, Cocal e do Peixe.

Economia

  • Atividades econômicas: Pecuária (bovinos-352.984 cabeças, suínos-6.766 cabeças), Agricultura (cana de açucar-2.830 ha, laranja-3.230 ha, milho-1.290 ha, soja-6.000 ha), Indústria (laticínios, alimentícia, química, madeira para fabricação de lápis, transformação), reflorestamento (pinus, eucalipto e seringueira).
  • Principais Indústrias: Faber-Castell, Atta Capiguara S/A, COOPRATA.

Paleontologia

Neste Município foram localizados fósseis do maior dinossauro encontrado no Brasil, que viveu há mais de 80 milhões de anos na região da Serra da Boa Vista, distante cerca de 40 km da cidade de Prata, cujo nome científico foi denominado de Maxakalisaurus topai, e popularmente escolhido de DINOPRATA, após votação popular, valendo destacar que a réplica do titanossauro (montada em resina), com cerca de 13 metros de comprimento, está exposta no Museu Nacional no Rio de Janeiro, desde 28 de agosto de 2006 (veja importante e detalhado boletim oficial do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre a descoberta e as pesquisas lideradas pelo Professor e Paleontólogo Alexander Kellner):[1]

– – “Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro descreveram e remontaram o esqueleto fossilizado encontrado no município de Prata, no Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais. – Um gigante acaba de ser adicionado à lista ainda modesta mas crescente dos dinossauros brasileiros. Com 13 metros de comprimento e nove toneladas, o Maxakalisaurus topai é o maior dino descrito no país, afirmam os pesquisadores do Rio de Janeiro que apresentaram o bicho ao público ontem. – Junto com a descrição da nova espécie, o paleontólogo Alexander Kellner e seus colegas inauguraram uma reconstrução completa do esqueleto do grande réptil, exposta no Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ao lado da réplica de resina o público pode ver também alguns dos fósseis reais do bicho. – “Com toda certeza é o maior dinossauro com nome e sobrenome científicos no Brasil, embora existam materiais maiores que ainda não foram devidamente estudados”, diz Kellner, autor da pesquisa ao lado de colaboradores do Museu Nacional e do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). A descrição do animal está na edição deste mês da revista científica “Boletim do Museu Nacional”. – Quinto elemento – Com estimados 80 milhões de anos de idade, o M. topai foi um comedor de plantas da mesma linhagem que gerou os maiores animais terrestres de todos os tempos. Quatro de seus “primos” do grupo dos titanossauros já tinham sido identificados no Brasil e, tal como ele, vieram do conjunto geológico conhecido como grupo Bauru, que engloba boa parte de Minas Gerais e São Paulo. – Seu esqueleto maciço foi exposto pela primeira vez durante a construção de uma estrada na Serra da Boa Vista . Foi preciso trabalhar de 1998 a 2002 para extrair seis toneladas de fóssil. – “Só as vértebras dorsais pesavam uma tonelada e meia”, conta Kellner. Parte do material fóssil estava articulado (na posição em que se encontraria em vida), com alguns outros pedaços mais espalhados. Segundo o paleontólogo, isso sugere a presença de dois indivíduos da espécie, embora seja difícil confirmar isso. O nome da espécie foi escolhido para homenagear os índios maxacalis, de Minas, e uma divindade da etnia, chamada Topa. – Ainda que incompleto, o fóssil traz bastante informação sobre a espécie: há vértebras do pescoço até o rabo, um pedaço do maxilar com dentes, ossos das patas traseiras e dianteiras e do peito. De lambuja, o grupo achou também grandes osteodermas -calombos ósseos que recobriam o couro do animal e são típicos dos titanossauros. – Apesar do tamanho, o bicho mostra que a vida no Cretáceo, a última fase da Era dos Dinossauros, não era mole para herbívoros. Alguns de seus ossos fósseis têm marcas de dentadas, provavelmente deixados por carnívoros que o atacaram ou comeram sua carcaça. – Pode ser que o M. topai tenha tido parentes argentinos. Traços como os osteodermas volumosos e as vértebras da cauda achatadas o aproximam do grupo dos saltassaurinos, achados na Argentina, “embora ele provavelmente fosse mais primitivo que eles”, diz Kellner. – O trabalho teve apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Os pesquisadores querem lançar um concurso para “batizar” o esqueleto, que já está em exposição no Museu Nacional. (fonte jornalista Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo – 29.08.2006, pág. A14)”

Imagens

  1. ? 1,0 1,1 Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. ? Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.
  3. ? Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  4. ? 4,0 4,1 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.


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Fontes: Portal de Prata – MG. Disponível em: http://www.prata.mg.gov.br/