Januária é um município brasileiro do estado de Minas Gerais situado na região do Médio São Francisco, localizada ao lado esquerdo do Rio São Francisco. Conta com uma população de 102,216 habitantes.
Como meios de comunicação, o município tem a TV Norte, canal 7, como parceira da Rede Minas.Também conta com as rádios FM, com muito entretenimento e brincadeiras com o ouvinte e AM, com as últimas notícias do dia e Jornais.
Existem três versões que dão conta do surgimento do município. De acordo com a primeira versão, o nome do município é uma alusão ao atuante fazendeiro Januário Cardoso, que morava na região e era proprietário da fazenda Itapiraçaba, localizada onde hoje se encontra o município.
Outras versões, porém, atribuem o nome a uma homenagem à princesa Januária, irmã do Imperador Dom Pedro II e, ainda, à escrava Januária que, fugindo do cativeiro, teria se instalado no Porto do Salgado (atual cidade de Januária), estabelecendo ali uma estalagem, onde os barqueiros e tropeiros do povoado se encontravam.
O município se situa às margens do rio São Francisco, que oferece excelentes praias fluviais temporárias, pesca, cachoeiras, destacando-se também grutas de formação calcária, com algumas pinturas rupestres. A presença do casario colonial na cidade pode ser observada na avenida São Francisco e ruas transversais.
Januária, antigo povoado de Brejo do Salgado, com seus três séculos de história, encanta os visitantes e a população local, não só por seus atrativos históricos e culturais, mas também por suas belíssimas e variadas belezas naturais.
Terra de gente hospitaleira,já teve grande importância como porto e entreposto comercial nos tempos áureos da navegação a vapor no “Velho Chico”.
O município busca o seu desenvolvimento na prestação de serviços, no artesanato, na produção da cachaça de alta qualidade, no extrativismo de frutos e essências do cerrado, e, principalmente, no incremento da atividade turística.
No município de Januária possui 65 bairros dividido em sete zonas: zona norte, zona sul, zona oeste, zona leste, zona centro-sul, zona centro-oeste e zona centro-norte.
Igreja do Rosário
Antigo Brejo do Amparo foi o núcleo de povoado da cidade de Januária. Possui casario colonial e uma joia do barroco mineiro: a Igreja da Nossa Senhora do Rosário, datada de 1688, construída em um quilombo orientado pelos jesuítas. Este templo foi um dos primeiros em Minas Gerais, e tem proporções médias, sendo que no interior há um coro ao fundo e à esquerda a tribuna, cercada com guarda-corpo, em ripas trabalhadas. O piso é em campas de madeira. A nave possui dois altares, a capela-mor tem o forro pintado com motivos religiosos e altar-mor, de confecção popular, possui vários arcos com colunas torcidas, tendo ao fundo nichos para imagens.
Nos arredores localiza-se a principal zona produtora de cachaça de Januária, a comunidade denominada Sítio.
Lá os visitantes tem a oportunidade de conhecer o roteiro dos alambiques e todo o processo de fabricação artesanal da cachaça.
O distrito conta com trilhas e ruas propícias para a prática do ecoturismo, e também com uma belíssima gruta,a Gruta dos Anjos.
Januária é considerada a capital mundial da cachaça a de melhor qualidade do mundo. O segredo está na umidade natural do solo e no clima do distrito de Brejo do Amparo.
O município detém a produção da cana-de-açúcar desde o seu surgimento. São mais de trinta engenhos nas imediações do povoado. Parte da produção da cachaça é exportada para outros estados e para todos os países europeus e asiáticos, dado o alto grau de qualidade da cachaça ali produzida.
O artesanato da região é passado de geração em geração como forma de sobrevivência. De origem indígena, tem características primitivas, conservando sua forma pura. A matéria-prima utilizada é extraída da natureza.
São utilizados barro, fibras vegetais, madeira, flandres ou folha de zinco, couro, algodão.
O artesanato pode ser encontrado na Casa do Artesão,Casa da Memória,Centro de Artesanato e Mercado Municipal.
A culinária regional apresenta vários pratos saborosos, como o arroz com pequi, carne de sol, moquecas de surubim, pão de queijo, angu com quiabo, paçoca, papudo, manué, galinha ao molho pardo, feijão tropeiro com torresmo, beiju, rapadura, panelada, picado de arroz, dourado assado, vários pratos feitos com o tradicional surubim do Rio São Francisco, e ainda saborosas frutas do cerrado, como umbu, pinha, tamarindo, fruta do conde, coquinho, cagaita, caju, cajuí, maxixe, cabeça-de-nego, buriti, babaçu, fava-d’anta, jenipapo, anajá, banana-caturra, utilizados na produção artesanal de sucos, licores e doces.
É bastante expressivo o folclore de Januária, e muitas das expressões folclóricas continuam puras, preservadas de influência externa.
O tema educação envolve vários aspectos da cultura de um povo, como o religioso, o artístico, o artesanal e o escolar. Os três primeiros são comuns aos homens das cavernas e aos índios. O escolar, surgiu após a conquista da região.