Ijaci

Dicas incríveis da Cidade

Sobre a Cidade:

História

A História de Ijaci está intimamente relacionada com a vinda da família Villas-Bôas (hoje grafada Vilas Boas) do norte de Portugal, via São João del Rei, para o que veio a ser o povoado de Nossa Senhora da Conceição do Rio Verde. Foi Vigilato Vilas Boas quem doou os terrenos onde hoje está a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e as principais quadras da cidade. Ijaci é termo indígena que significa “filha da Lua”.

Geografia

Sua população estimada em 2008 era de 6.857 habitantes. Seu relevo urbano é acentuado, suave, tendo serras e a represa do Rio Grande como paisagens de seu entorno.

Ijaci na Literatura

Ijaci é parte do cenário mítico recriado e reinventado pelo escritor Adriano Messias, autor da série infanto-juvenil “Contos para não dormir”, na qual ele trata de aspectos culturais regionais relevantes de Ijaci e região, da família Vilas Boas e de antigos usos e costumes daquela localidade mineira.

Origem dos Vilas Boas

Genealogia da Família Villas Bôas – Histórico do Sobrenome (Apelido) –

Texto, em português antigo, e originalmente publicado na obra “NOBILIÁRIO DE FAMÍLIAS DE PORTUGAL” baseado nos manuscritos de Manuel José da Costa Felgueira Gayo (n. 1750, fal.1831 e descendente de João Annes de Villas Bôas). Autor : Luis Antônio Villas Bôas

Texto original : He esta família hua das mais antigas e Illustres de Entre Douro e Minho, pois já no tempo do Sr. Rey D. Deniz se acha hua procuração dos Fidalgos de Riba Minho, nos seus rezistos, em q como tal, asignou João Annes de Villasboas, primeiro de q temos notissia com este appellido, e Senhor da Torre de Ayró, cita na fregª de S. Jorge de Ayró no termo desta Villa de Barcellos, q he o Sollar desta famillia, de q fora Sr. Gonçallo Gil de Eiro de q falla o Conde D. Pedro no ttº 63 fl 353, e nella asestira, e posto q no dito Conde se não trate do dº João Annes de Vilasboas nem seus notadores, he de prezumir q esta famillia, teve a disgraça de outras mais, q forão truncadas do m.mo Conde D. Pedro, por ódio ou aversão, metendo nelle outras em q ele não falava, pois não he de supor, q o Conde D. Pedro, o primeiro Zellador da honra alheia, deixa-se de tratar de hum Fidalgo, q figurava no tempo de Seu Pay o Sr. Rey D. Deniz, e de seu Irmão o Sr. D. Affº 3º tratando de Gonçallo Gil de Eiro, de q.m elle descendia e como tal pessuia a Torre de Ayró.

Texto interpretado : É esta família uma das mais antigas e ilustres de Entre Douro e Minho, pois já no tempo do Sr. Rei D. Diniz se acha uma procuração dos fidalgos de Riba Minho, nos seus registros, em que como tal, assinou João Annes de Villasboas, primeiro de que temos notícias com esse apelido, e senhor da Torre de Airó, situada na freguesia de S. Jorge de Airó no termo desta vila de Barcelos, que é o solar desta família, de que fora Sr. Gonçalo Gil de Eiro de que fala o Conde D. Pedro, no título 63, folhas 353, e nela assistira, e posto que o dito Conde não trata de João Annes de Vilasboas nem seus notadores, é de se presumir que esta família teve a desgraça tal com outras, que foram omitidas pelo mesmo Conde D. Pedro, por ódio ou aversão, citando nele outras em que ele não se falava, pois não é de supor que o Conde D. Pedro, o primeiro zelador da honra alheia, deixa-se de tratar de um fidalgo que figurava no tempo de seu pai o Sr. Rei D. Diniz e de seu irmão o Sr. D. Afonso III tratando de Gonçalo Gil de Eiró de quem ele descendia e como tal possuia a Torre de Airó. A respeito deste apelido dizem alguns que elle he deduzido da Famillia de Villasbens, estendida por m.tas partes de França Província do Norte q teve principio em Hugo, e seu Irmão Jaques de Monçai, q na batalha de Bonines (Bouvines), acompanhando a Felipe Augusto Rei de França aprezionarão ao Inf.e D. Fernando Conde de Flandres fº do nosso Rey D. Sancho 1º pellos annos de 1214 segundo diz Manoel Soeiro nos Anaes da Flandres Liv. 5 fl 267, pelo q o dito Rey lhe fez mercê de Villabens e Augmoins, de q se deribou o Appellido Villabens, e q passando algum desta famillia a este Reino, de Villabens, por corrupção se appellidarão Villasboas = e q as Armas antigas de q uzavão os Villas boas, de dois homens Armados, e hum Castello no meio, era memória do facto q obrarão aquelles dois irmaons, o castello em memoria do Castello em q recolherão o dito Conde; mas não achamos rezão nesta opinião, q escrevemos so para fazer menção della. A respeito deste apelido, dizem alguns, que ele é proveniente da Família de Villasbens, existente por muitas partes da França (Província do Norte) que teve princípio em Hugo e seu irmão Jacques de Monçai, que na batalha de Bouvines (27 de julho de 1214), acompanhando o Rei da França, Felipe Augusto, aprisionarão ao Infante D. Fernando, Conde de Flandres, filho de nosso Rei D. Sancho I, pelos anos de 1214, segundo diz Manoel Soeiro, nos Anais de Flandres, livro 5, folhas 267, pelo que dito Rei lhe fez presente a localidade de Villabens e Ugmoins, e de onde se originou o apelido de Vilabens e que passando algum descendende desta família para este Reino (de Portugal), que por alteração do apelido sugiu Villasboas, e que as armas antigas de que uzavão dos Villasboas, de dois homens armados e um castelo no meio, era memória do fato realizado por aqueles dois irmãos, o castelo em memória do castelo que recolherão o dito Conde; mas não achamos verdadeira esta versão, mas escrevemos para fazer menção dela. A openião mais seguida, e se comforma mais, he q este apellido se deduz de hum dos dois vallerozos Irmaons q vierão a este Reino do Estado de Florença na Toscana, hum chamado D. Domin-Florentim e outro D. Fernando. Estes dois Irmaons vierão a este Reino servir o Sr. Rey D. Sancho 2º nas guerras contra Castella, e mellitando na Província de Traz os Montes fizerão accoins de m.to vallor, e mandando ElRey gente sobre duas Villas, q ficavão ao travez de hua q queria tomar o dº Rey, veio a gente m.to mal tratada, de q o Rey ficou m.to sentido, o q vendo os ditos Irmaons, se forão offerecer ao Rey pª as irem tomar pedindo-lhe algua gente o dito Rey lha deo, e indo com efeito sobre as ditas Villas as tomarão, e renderão, e a hum Castello q estava sobre hua dellas, e vindo ao Rey lhe disserão= Senhor as Villas já são vossas= ao q o Rey respondeo = minhas não por que vos faço m.ce dellas= e recuzando os dois Irmaons aceitallas lhe disse o Rey = aceitai q são Villas boas = o q foi principio deste appellido, ficando os dois Irmaons Florentinos S.res das ditas Villas, e sendo dipois necessario ao Rey arrazallas, lhe deo outros bens, e rendas em satisfação com jurisdição na Província de Entre Douro e Minho, onde tiverão o Castello de Penafiel, e os Requengos de Villas boas, e outros cujos bens forão tirados a Diogo Fz de Villasboas pello q abaixo dizemos e dado aos Senhores de Regallados como diz Lavanha ao Conde D. Pedro Plana 218 fl.644, e do referido facto tomarão como deixo ditto o appellido e Armas de q uzarão os primeiros Vilasboas q erão hum Castello em memoria do q tomarão junto a Villa, e junto delle dois homens Armados em pé em memoria dos dois Irmaons cujas Armas largou Diogo Fz de Villasboas abaixo N 3 e he m.to provavel q algum neto, ou descendente de algum daquelles dois Irmaons casasse com algua Srª descendente de Gonçallo Gil de Eiró Sr. da Torre de Ayro, q fossem pais de João Annes de Villas boas, Sr. da Torre de Ayro e dos Reguengos de Villas boas em q damos principio a este ttº cuja openião nos parece mais conforme a verdade, isto o q sinto em qtº não ouver q o contrario me mostre. A opinião mais seguida, e que tem mais consistência, é que este apelido se deduz de um dos dois valorosos irmãos que vieram a este reino, provenientes do estado de Florença, na Toscana, um chamado D. Domin-Florentim e outro D. Fernando. Estes dois irmãos vierão a este reino servir ao Sr. Rei D. Sancho II nas guerras contra Castelha, e melitando na província de Trás os Montes, fizerão ações de muito valor, e mandando o Rei gente (soldados, tropas) sobre duas vilas, que ficavam no caminho de uma outra, que o Rei queria tomar, foram muito mal tratados pelas pessoas das ditas vilas e que o rei ficou muito sentido, os ditos irmãos vendo o ocorrido, foram oferecer ao Rei para as tomarem, pedindo-lhe alguma gente, o que o Rei lhes deu, e indo com efeito sobre as ditas vilas, as tomaram e as renderam, e a um castelho que estava sobre uma delas, e em presença do Rei, lhe disseram : “Senhor, as vilas já são vossas” ao que o Rei respondeu : “Minhas não, porque vos faço presente delas”, os dois irmãos recusando a aceitá-las, disse-lhes o Rei : “Aceitai, que são vilas boas” o que foi princípio deste apelido, ficando os dois irmãos florentinos senhores das ditas vilas, e sendo depois necessário ao Rei arrazá-las, lhes deu outros bens e rendas em satisfação com jurisdição na Província de Entre Douro e Minho, onde tiveram o Castelo de Penafiel e os reguengos (terreno de patrimônio dos Reis) de Vilas Boas e outros bens que foram tirados de Diogo Fernandes de Villasboas pelo que abaixo dizemos e dados aos Senhores de Regalados, como diz Lavanha ao Conde D. Pedro (Plano 218, folha 644), e do referido fato tomarão, como deixo dito, o apelido e armas de que usarão os primeiros Vilasboas que eram um castelo, em memória do que foi tomado, junto à da vila, e junto dele dois homens armados, em pé em memória dos dois irmãos cujas armas largou Diogo Fernandes de Villasboas (cita o item N3 do título da genealogia da família) e é muito provável que algum neto, ou descendente de algum daqueles dois irmãos casasse com alguma senhora descendente de Gonçalo Gil de Eiró, Sr. da Torre de Ayró e que fossem pais de João Annes de Villas boas, Sr. da Torre de Aryró e dos requengos de Vilas boas em que damos princípio a este título cuja opinião nos parece mais conscistente com a verdade, isto o que sinto em quanto não houver provas em contrário. (O que digo aqui he comua openião e agora vi em hum manoescripto dos S.res desta Casa q M.el Caminha de Villas boas assim o vira, em hum caderno antigo de Armas). (O que digo aqui é como uma opinião e agora vi em um manuscrito de um caderno antigo de armas dos senhores desta casa que Manoel Caminha de Villas boas tinha visto

Brasão

LEI Nº 316 CRIA O BRASÃO DE ARMAS DO MUNICÍPIO DE IJACI.

O Povo de Ijaci, por seus representantes decretou, e eu Prefeito Municipal, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

Art.1º – Fica criado o seguinte escudo das Armas do Município de Ijaci:

Encimado por coroa mural de quatro torres em jalde (ouro), donjonada e iluminada em sable (preto), com a seguinte inscrição: “Ijaci”, topônimo do município, “01/03/1963” data de sua emancipação política. O escudo em campo blau (azul) e iluminado em sable (preto) e está cortado por faixa argente (prata) que divide em dois campos. O campo superior (campo do chefe) está partido também por uma faixa argente, tendo a destra um cadinho, um engrenagem e o símbolo de uma unidade fabril, os três signos em jalde (ouro) em campo de goles (vermelho). A sinistra, em campo blau, a cana e a espiga do arroz em suas cores naturais. No campo inferior, na ponta do Escudo das Armas, em campo Blau (azul), a vegetação de um campo de pastagem e um bovino, uma fêmea branca e preta de gado leiteiro. Os apoios laterais, isto é, os tenentes, são respectivamente a destra e a sinistra; um ramo de café com frutos do mesmo e uma de milho em suas cores naturais.

Art.2º – Fica o Poder Executivo autorizado a adotar o referido escudo das armas na Bandeira do Município, nos edifícios municipais, bem como timbrar nos papeis oficiais da municipalidade.

Art.3º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Mando, portanto, a todas autoridades a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se contém.

Prefeitura Municipal de Ijaci, 4 de Setembro de 1984.

Waldemar Theodoro Botelho – Prefeito Municipal

Pedro de Oliveira Filho – Presidente da Câmara

 

  1. ? 1,0 1,1 Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. ? Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.
  3. ? Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  4. ? 4,0 4,1 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

 

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