Carbonita é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2007 era de 10.145 habitantes.
A história de Carbonita começa em 1750, com as primeiras expedições dos bandeirantes à região, em busca da riqueza do seu subsolo. O primeiro nome do povoado, então pertencente ao município de Minas Novas, é Barreiras, em homenagem ao fazendeiro Manoel Barreiros, que doou partes de suas terras para a construção de uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição. Em 24 de Setembro de 1862, o então povoado de Barreiras passa a pertencer ao município de Itamarandiba, como Distrito. Em 31 de Dezembro de 1943, o Distrito de Barreiras toma nova denominação e ganha o novo e definitivo nome de Carbonita.
Em 3 de Março de 1963, o então distrito emancipou-se, passando à cidade de Carbonita.
A Etimologia deste vocábulo vem do francês “Charbon”, Carbon, que significa carvão, mais “Ita”, que significa pedra em tupi-guarani, por causa da grande quantidade de carvão de pedra existente no subsolo do município.
Muito da história de Carbonita pode ser encontrada no Livro “Carbonita – De ontem para hoje” do autor Benedito Lemos de Oliveira. O título descreve fatos importantes, acontecimentos e curiosidades do município durante décadas.
Localizada no Vale do Jequitinhonha Carbonita tem sua base econômica na extração do carvão vegetal. Outro ponto interessante sobre sua população, é a redução significativa de habitantes durante o ano, quando muitos se deslocam para cidades mais desenvolvidas para trabalhar. Ainda sobre os seus habitantes, destacam-se pela hospitalidade e a vontade coletiva de lutar por uma Carbonita melhor.
Situada a 421 km de Belo Horizonte e a 135 km de Diamantina, na zona do Alto Jequitinhonha, ao Nordeste de Minas Gerais.
A área do município é de 1.462 km², com altitude variando de 972 m (máxima) e 625 m (mínima). Na sede do município a altitude é de 672 m acima do nível do mar.
As cidades que fazem fronteira com Carbonita são: Turmalina, Veredinha, Itamarandiba, Diamantina, Senador Modestino Gonçalves e Bocaíuva.
A hidrografia é representada pelos rios Jequitinhonha ao norte, Araçuaí ao sul e Soledade ao Centro, além dos rios São João e Itacarambi. Vários córregos cortam a cidade de Carbonita: Curralinho, que é o responsável pelo abastecimento de água em todo o perímetro urbano, Capoeirão, Constantino, Macaúbas, Tomé, Dois Córregos, Riacho, Retiro, Jqui, Àgua Limpa, Santana, Ribeirão, etc.
Vindo de Belo Horizonte, dois são os caminhos para se chegar ao município:
O transporte aéreo pode ser feito de duas formas:
A vegetação é composta de Cerrados, Campos, Matas e Pastagens, além de florestas de Eucalipto. Uma das partes importantes da vegetação carbonitense é seu uso como tratamento medicinal através de plantas (Fitoterapia). Algumas como Pata de Vaca (Bathinia Foficata), usada para os rins, depuração, prisão de ventre e diabete, Chapéu de Couro (Enchinodorus Macrophyllus), para pele, reumatismo, infecção dos rins e bexiga, pressão alta e arteriosclerose; Doradinha do Campo (Waltherea Douradinha), como diurético, eliminadora de pedras nos rins e edemas; e Cavalinha (Equisitum Arrense), para tratamento de tuberculose pulmonar, hemostáticas, digestivas, úlceras gástricas e intestinais, perda de sangue e incontinência urinária infantil e da velhice; dentre outras, são muito utilizadas em tratamentos para a população carente.
A fauna é caracterizada por aves como papagaio, gavião, siriema, coruja, canarinho, pinta silvo, sabiá, pássaro preto, bem-te-vi, joão-de-barro, periquito, jandainha, inhambú e tiriba. Os mamíferos que mais aparecem são: coelho, paca, raposa, cotia, veado, tamanduá, tatu, gambá, lobo-Guará e onça.
O relevo é composto por altos e baixos. Cerca de 60% é ondulado (baixa declividade, o que permite a mecanização agrícola), 30% montanhoso o que propicia o aparecimento de várias nascentes de córregos; e 10% plano, caracterizado por várzeas.Carbonita, portanto, detém 70% de suas terras adequadas para o desenvolvimento da agropecuária e o restante serve como área de reserva ambiental, mantendo o equilíbrio da natureza.
Segundo Giovanni Ferreira, Agrônomo da EMATER-MG, a precipitação pluviométrica anual média é de 1.062 mm, caracterizando período chuvoso de outubro a abril.
A temperatura média anual gira em torno de 26,4 °C (máxima), 21,2 °C (média) e 15,1°C (mínima). O solo predominante é o Latossolo Vermelho-Amarelo, originando potencial para o desenvolvimento de diversas atividades, tais como: pecuária de corte, café e fruticultura tropical (Abacaxi, Banana, Cítricos, Manga, Maracujá etc.).
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