Roraima

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Apresentação:

Roraima é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na Região Norte do país, sendo seu estado mais setentrional, além de ser o estado menos populoso do Brasil, tem como limites a Venezuela (N e NO), Guiana (L), Pará (SE) e Amazonas (S e O). Ocupa uma área aproximada de 224,3 mil km², pouco menor que a Romênia. Em Boa Vista, única capital brasileira totalmente no hemisfério Norte, encontra-se a sede do governo estadual, atualmente presidido por José de Anchieta Júnior.

Situado numa região periférica da Amazônia Legal, predomina em Roraima a floresta amazônica, havendo ainda uma enorme faixa de savana no Centro-Leste. Encravado no Planalto das Guianas, uma parte ao sul pertence à Planície Amazônica; estado chuvoso, é entrecortado por inúmeros rios por onde chegaram os colonizadores portugueses no século XVIII. Roraima constitui um diversificado mosaico de culturas, fauna e flora.

Seu ponto culminante, Monte Roraima, empresta-lhe o nome. Etimologicamente resultado de contração de roro (verde) e imã (serra ou monte), foi batizado por indígenas pemons da Venezuela.

Características

A população é formada por: índios, caboclos, desbravadores portugueses e migrantes de várias regiões do País, com predominância de maranhenses, amazonenses e cearenses, embora conte com as outras regiões também. O Estado apresenta um grande contingente populacional indígena.

Das etnias que formam a população indígena de Roraima a Macuxi é, hoje, a mais populosa. Eles chegaram à região junto com ingleses procedentes do Caribe e quando da visita dos expedicionários, ofereciam suas jovens para casamento, por isso, são os que mais se destacam quanto ao contigente populacional e organização. Têm população de 11.598 pessoas, vivendo na região de lavrado e, praticando a pecuária.

Além destes, várias outras etnias compõe o Estado, como por exemplo, os Wapixanas, a segunda maior tribo de Roraima, Taurepangs, os Ingarikós, os Uaimiris / Atroaris e os Maiongongs, além dos Ianomâmis que não têm muito contato com os não índios, embora atualmente esse quadro esteja se revertendo.

É o Estado com menor densidade demográfica. Mais de metade da população se concentra na Capital, Boa Vista. O restante se encontra disperso na região de campos cerrados.

Cultura

O artesanato do Estado apresenta fortes características indígenas. Os Ianomami executam vários tipos de trabalhos como, cestos, leques, tipóias, redes, etc.

Na Capital realiza-se aos domingos a Feira de Artesanato e Comidas Típicas, com peças de cerâmica, cipó, couro, madeira, fibras e pedra-sabão, destacando-se as panelas de cerâmica macuxi.

Sua culinária recebe influência do Maranhão e apresenta as características dos pratos amazônicos, com o peixe como prato principal.

Sua música apresenta forte influência das músicas caribenha, andina, do reggae e da própria MPB.

A cultura Ianomâmi se espalha no Estado. Eles são parte dos povos mais primitivos do Planeta, e se conservam, ainda, em estado silvestre, vivendo com costumes milenares, sendo comparados à Era Neolítica. Não conhecem a escrita, sistema numérico, contam no máximo até 2, usam como calendário as luas crescente e minguante, desconhecem o uso de metais e antes do contato com os brancos, não conheciam panelas, facões e faziam o fogo pelo atrito de gravetos. Andam nus e vivem de pequenas culturas produzidas pela comunidade local (banana, mandioca e cana). Caçam, pescam e plantam para sobreviver. São um povo nômade. Cada índio possui mais de uma mulher, podendo este número ultrapassar 10. São muito risonhos e gostam de festas e de se enfeitar com tintas naturais da floresta e penas coloridas de aves da mata. Quando um membro da aldeia morre o corpo é incinerado e as cinzas são comidas pelos demais em uma espécie de mingau feito à base de banana.

 Atualmente, existe problema de alcoolismo entre os Ianomami, que trocam artesanato e vassouras por bebidas alcoólicas e são freqüentes a prisão e o espancamento deles.

Turismo

Roraima tem um grande potencial turístico, em especial no ecoturismo.

Arqueólogos de todo o mundo têm forte interesse na Pedra Pintada que é o mais importante sítio de tal ciência do estado, nela há inscrições de civilizações milenares que atraem a curiosidade de turistas e arqueólogos.

A parte melhor escalável do Monte Roraima fica na Venezuela. A parte de Roraima (que possui apenas 10% do monte) só pôde ser escalada em 1991 pelo trio de alpinistas brasileiros composto por Julio César de Mello Santos, Felipe Garcia Amoedo, Andre Torres Amoedo. Para realizar proeza de tal magnitude foram necessários 5 dias de escalada.

O explorador botânico inglês Everd Thurm descreveu sua passagem pelo Monte Roraima (em 1884) com as seguintes frases: “[O monte] Roraima é caracterizado por um extraordinário número de plantas, quase todas com desusada beleza, de estranha forma e talvez com ambas peculiaridades. Como a flora, também a fauna, embora igualmente peculiar, parece ser, no entanto, sem contestação, menos abundante. Roraima ergue-se, numa verdadeira terra maravilhosa cheia de coisas raras, belas e estranhas.

Rodovias

 
Roraima faz comunicação rodoviária apenas com Manaus. A BR-210 (Perimetral norte) seria uma alternativa, que ligaria o estado também ao Pará, Amapá e à cidade amazonense de São Gabriel da Cachoeira, contudo o projeto fora realizado apenas parcialmente, sendo depois abortado.
 
Seu sistema de estradas é predominantemente federal. São poucas as estradas estaduais e municipais asfaltadas e com boas condições de uso.
 
Entre as federais destaca-se a BR-174, que, saindo de Manaus passa por (sentido sul-norte:) Presidente Figueiredo (Amazonas), Vila Jundiá, Vila Equador, Rorainópolis, Vila Novo Paraíso (km 500, ponto de interceção com a BR-210), Caracaraí (já na margem direita do rio Branco), Iracema, Mucajaí, Boa Vista e Pacaraima, dando acesso à estrada venezuelana que leva a Santa Elena de Uairen (a doze quilômetros da fronteira) e às principais cidades daquele país. Em todo o seu percurso esta estrada encontra-se asfaltada e sinalizada, embora veja alguns de seus trechos decadentes ocasionalmente.
 

História

 
Região costeira do território que constitui hoje o estado de Santa Catarina foi, desde a época do descobrimento, visitada por navegantes de várias nacionalidades. Afora a discutida versão da presença do francês Binot Paulmier de Gonneville, que ali teria estado durante seis meses, em 1504, não existe dúvida quanto à viagem dos portugueses Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, que por lá passaram, em 1514, e deram o nome de ilha dos Patos à atual ilha de Santa Catarina. No ano seguinte, Juan Díaz de Solís passou em direção ao Prata. Onze náufragos dessa expedição foram bem recebidos pelos índios carijós e a eles se integraram. Esses aborígines viviam de caça e pesca, eram exímios tecelões de redes, esteiras e cestos, e trabalhavam objetos em pedra.
 
Várias expedições espanholas detiveram-se no litoral catarinense a caminho do rio da Prata: Don Rodrigo de Acuña, em 1525, deixou dezessete tripulantes na ilha, onde se fixaram voluntariamente. Sebastião Caboto, entre 1526 e 1527, ali se abasteceu, seguiu para o Prata e retornou. Após Caboto, nela aportaram Diego García e, em 1535, Gonzalo de Mendoza. Em 1541, Álvar Núñez Cabeza de Vaca partiu da ilha de Santa Catarina para transpor a serra do Mar e atingir por terra o Paraguai. Mantendo sempre o propósito de tomar posse do Brasil meridional, o governo espanhol nomeou Juan Sanabria governador do Paraguai, com a missão de colonizar o rio da Prata e povoar também o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Com a morte de Juan Sanabria, tomou posse seu filho Diogo. Alguns navios da expedição lograram chegar à ilha de Santa Catarina, onde os espanhóis permaneceram dois anos. Dividiram-se em dois grupos: um deles rumou para Assunção; o outro, chefiado pelo piloto-mor Hernando Trejo de Sanabria, estabeleceu-se em São Francisco, de onde, após as maiores privações e sempre sob a ameaça de ataque pelos silvícolas, seguiu para Assunção.
 
Os aborígines da região foram catequizados, a partir de 1549, por jesuítas que viajaram em companhia do governador-geral Tomé de Sousa, sob a chefia do padre Manuel da Nóbrega. Os jesuítas empenharam-se com ardor nessa missão, colocando-se como obstáculo às tentativas dos colonizadores portugueses de escravizarem os índios. Não conseguiram, contudo, levar a bom termo sua tarefa e, já em meados do século XVII, desistiram da catequese no sul. O paulista Francisco Dias Velho, que chegou à ilha atualmente chamada de Santa Catarina por volta de 1675, teria dado esse nome ao lugar, onde edificou uma ermida em invocação a Santa Catarina de Alexandria, de quem ao que consta, uma filha dele tinha o nome. Outros atribuem a autoria a Sebastião Caboto, que teria consagrado a ilha, quando por lá passou entre 1526 e 1527, a santa Catarina ou, antes, prestara uma homenagem à sua mulher, Catarina Medrano. O nome do estado é um empréstimo ao da ilha.