Mato Verde é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2007 era de, aproximadamente, 12.664 habitantes.
O povoado de Santo Antônio da Rapadura foi fundado em 1º de janeiro de 1873, por coordenação do bispo da diocese de Diamantina, Dom João Antônio dos Santos (hoje nome de uma rua no bairro São Bento na cidade). O município, com o nome de Mato Verde, foi criado pela lei nº 1.039, de 12 de dezembro de 1953 e instalado no dia 1º de janeiro de 1954. Seu 1º prefeito foi o Dr. Waldir Silveira e o 1º vice o Sr. Hermínio Fernandes Silveira, eleitos para um mandato de 04 anos.
O município está localizado no Norte de Minas Gerais, a 550 metros de altitude, no polígono das secas (semi-árido mineiro), região da Serra Geral. Possui área total de 474,446 km², sendo que a área do perímetro urbano é de 78,5 km². De clima quente e seco, apresenta temperaturas médias entre 20° e 40°. Em 2004, o número de eleitores era de 9.117, de uma população total de 13.185 habitantes. A parte urbana corresponde por 70,9% deste contingente, enquanto a rural 29,1%.São 6.535 homens e 6.650 mulheres. A população alfabetizada chega apenas a 8.083 habitantes. O município tem 3.653 alunos no ensino fundamental e 703 alunos no ensino médio, além dos estudantes das duas escolas particulares (sendo que apenas uma tem ensino médio). Mato Verde possui dois estabelecimentos particulares de ensino superior, a Unopar Virtual (universidade à distância – franquia da Universidade do Norte do Paraná) e a Favenorte (Instituto Superior de Ensino Verde Norte).
A cidade se localiza em posição geográfica privilegiada em relação à sua microrregião (praticamente no centro). Possui 4 saídas asfaltadas:
Portanto, Mato Verde fica em local estratégico se comparada a outras localidades da região. Brevemente poderá se desenvolver graças à descoberta de minério de ferro e manganês em município vizinho (Rio Pardo de Minas), que gerará emprego e renda para diversas cidades próximas.
A economia do município é essencialmente agrícola, apesar da pouca aptidão agro-climática. Prevalece o minifúndio rural. Os pequenos produtores – de 0 a 50 ha – correspondem a grande maioria: 4.000 de um total de 4.150 produtores rurais. Há uma deficiente infraestrutura das propriedades rurais e a descapitalização geral do setor. Entretanto, as terras, de um modo geral, são férteis e com declividade favorável a motomecanização.
Em Mato Verde a principal riqueza foi o algodão. Desde 1885 já existia o beneficiamento de algodão em máquinas movidas a bois. A cidade foi classificada na década de 80 como um dos maiores produtores de algodão de Minas Gerais. A atividade agrícola no município sempre foi vítima da má distribuição de chuvas, a pragas da lavoura que, aliado à baixa produtividade, comprometeu economicamente a atividade por muitos anos. A falta de estradas vicinais, energia elétrica, unidades armazenadoras, cooperativas e outros aspectos de infraestrutura de apoio à produção contribuem para os problemas sociais aqui evidenciados. Todavia, o prefeito da cidade vizinha (Zinga – em Catuti) têm contribuído com o apoio total e solicitação aos bancos regionais para financiamento de produtores de toda a região na cultura de algodão transgênico, o que vem trazendo resultados positivos para diversos produtores que aderiram ao programa desde 2007, e que promete mudar a realidade de toda a região, voltando a produzir a mesma quantidade ou mais do que na década de 80.
Hoje, as principais atividades são: a agropecuária com pequenas agroindustriais, o setor de serviços e o comércio. Em 2002, o PIB por atividade foi: R$ 4.080.000,00 na agropecuária; R$ 19.516.000,00 nos serviços; e R$ 5.089.000,00 na indústria. Os principais produtos agrícolas são: algodão, feijão, arroz, milho, sorgo, banana, manga, maracujá e mandioca.
O mercado de trabalho é praticamente inexistente para as pessoas oriundas na zona rural. Cerca de 50% da população está excluída do processo produtivo. A maioria da migração é procedente da zona rural e tem como causa a falta de financiamento agrícola e a falta de chuva, tornando assim difícil à fixação do homem no campo. A maioria habita as regiões periféricas da cidade onde as casas são mais baratas e conseqüentemente, com deficiências quando ao saneamento básico. Na maioria das vezes os homens partem para os grandes centros principalmente para o estado de São Paulo ou para colheitas de produtos destinados à exportação no Sul de Minas e São Paulo, como café e laranja. Enquanto isso, sozinhas, as mulheres trabalham como domésticas, executando tarefas diversas como: lavadeiras, arrumadeiras, cozinheiras, etc. Ocupando a posição de chefe de família estão 25% das mulheres. A média salarial dos homens é de R$ 283,73 enquanto das mulheres é de R$ 210,05. Recebendo até um salário mínimo estão 3.860 habitantes.
Apesar disso, o número de indústrias cooperativas cresceu nos últimos tempo. Entre elas, as principais atividades são:
A taxa de alfabetização no município é média, sendo que grande parte da população de idosos chegam a ser analfabetos ou sabem apenas escrever o próprio nome, o que não é satisfatório. Já entre os adultos a taxa de alfabetização é maior, apesar que desta parcela alfabetizada uma parte é analfabeta funcional, ou seja, não sabem ler e escrever como deveriam. Já entre os jovens e crianças o analfabetismo apresenta índices bem baixos, devido ao acesso a escola, que é praticamente correspondente à demanda no município. No sentido do Ensino médio, muitos jovens deixam de estudar de forma parcial ou total, já que estes necessitam de arrumar emprego para ajudar na renda familiar, seja em Mato Verde ou cidades do interior de SP, triângulo mineiro ou sul de MG. A prova disso é que aproximadamente 20% dos estudantes que ingressaram nessa etapa de estudos abandonam a escola, principalmente no 3º Ano. Quanto ao Ensino Superior, a cidade se destaca em instituições privadas de ensino, como o [Instituto Superior de Educação Verde Norte] e a [Unopar Virtual], que atraem estudantes de toda a região com diversos cursos. Além disso, a Favenorte disponibiliza vários cursos técnicos, como Fármacia, Informática, Enfermagem e outros. Não há ocorrência de cursos superiores ou técnicos pela rede pública.
O município é repleto de lugares para se visitar, sendo paisagens urbanas ou naturais, sempre é bom de se ver. Entre eles está uma das principais atrações turísticas, a Cachoeira de Maria Rosa: É a maior queda d’água do rio Viamão. Localiza-se a 12 km de Mato Verde. É uma maravilha natural que foi e é visitado por dezenas de pessoas da região. Ainda é o principal ponto turístico natural de Mato Verde.
Há também a Cachoeira do Rio das Gramas, próximo ao distrito de São João do Bonito; o Rio Garipau, que também é uma boa dica em alguns pontos, e há também um sítio a 15 min. de Mato Verde que fica nas margens do Rio Viamão (Sítio do Sidney). Apesar de ser de difícil acesso, o lugar é um verdadeiro paraíso rodeado de montanhas e tem um escorregador no qual os visitantes se divertem. É uma propriedade privada e para a entrada de visitantes é necessária uma autorização do dono do terreno, que não é difícil de ser conseguida. Vale muito a pena conhecer esse paraíso. Além disso tudo, há também outras cachoeiras no rio Viamão (mais próximas à sua nascente), entre elas o famoso Poço do Ouro, que fica a aprox. 16 km da cidade, sendo um dos locais de acesso mais difíceis do município. Deve-se estar preparado para uma aventura quando se visita este maravilhoso recanto da natureza, pois para se chegar lá é necessário caminhar aprox. 1 km em uma trilha complicada, sempre acompanhado de alguém que saiba andar aos arredores. A recompensa é, uma pequena, mas maravilhosa, queda d’água rodeada de montanhas rochosas. E existem mais quedas d’água se houver pique para escalar grandes pedras.
Enfim, as maiores belezas de Mato Verde estão nas suas cachoeiras. Mas existem outras atrações na própria cidade:
O Carnaxé de Mato Verde também atrai muitos turistas do Norte de Minas e do Sul da Bahia. A entrada é franca. E não podemos esquecer de citar as famosas festas Da Camiseta e Caipy Fest, que acontecem anualmente em Janeiro. As entradas são compradas na forma de camisetas.
Desde o tempo de vila ocorre fatos misteriosos, como a imagem de Santo Antônio que insistia de desaparecer da nova igreja matriz (e atual) e voltar para a capela na primeira fazenda do município. Só anos depois descobriu-se que eram os escravos da fazenda que “roubavam” a imagem e a levava de volta à capela.
Um dos fundadores de Mato Verde, Quintino Barbosa de Souza, um dos homens mais ricos da época e cheio de ouro e dizia que este foi adquirido quando andava a serviço nos campos, e na cachoeira do rio Viamão onde existe uma piscina natural que até hoje não se sabe sua real profundidade. Quando por ali andava, Quintino deparou com uma sereia que penteava os seus cabelos com um pente de ouro. Notando a presença do forasteiro, ficou assustada e a deixou o pente de ouro para trás que se transformou em de ouro. Ele apanhou rapidamente as barras e hoje o local é conhecido como “Poço D’ouro”. Há também o “causo” de Sinhá Doce, que ouviu um barulho e abriu a janela para averiguar e então viu um animal muito feio e cheio de fogo. Fechou então a janela rapidamente, porém mesmo assim recebeu um coice da criatura e até hoje há o sinal na janela do sobrado paroquial.
Na década de 30, falava-se que em uma viela, hoje travessa 21 de Abril, uma mula-sem-cabeça saía à meia-noite na sexta-feira da semana santa. Via-se também um enorme cachorro com olhos de fogo em frente a um antigo cemitério que hoje a cidade cobriu com casas e ruas.
O Santo Cruzeiro (cruz) foi cravado em um monte próximo (hoje conhecido como Morro do Cruzeiro) no ano de 1901, levado pelo povo desde a porta da matriz até o cume daquele monte em procissão acompanhada por toda a população daquela época. Desde então, toda Sexta-feira da Paixão os devotos sobem o morro em penitência para “pagar” os pecados do ano anterior (e é claro, ficar com a ficha limpa para poder cometer outros pecados no ano seguinte).
Há ainda uma igrejinha secular no centro da cidade que só abre sua portas por ocasião do Natal. É tradição de seus antepassados que a Igrejinha de Deus-Menino seja aberta apenas neste período para visitação pública e realização de novena em homenagem ao Menino Jesus.
As festas Juninas são festejadas por toda a comunidade, sendo que na véspera do dia de São João, realizam-se quadrilhas, rezas e levantamento de mastros. Esta festa é esperada com muito entusiasmo pois reúnem as famílias e tem uma importância para estas maior que o Natal para as do restante do país.
A festa do padroeiro Santo Antônio começa em 10 de maio e termina em 13 de junho, dia do santo.
No ano de 2003, em comemoração aos seus 50 anos de emancipação, foi composto o Hino à Mato Verde.
Feriados Municipais: 13/06 Santo Antonio (Festa do Padroeiro); 24/06 São João; 12/12 Aniversário de emancipação do Município.
Rodovias:
Instituições de Ensino Superior:
Hospitais:
Hotéis:
Agências bancárias:
Correspondentes Bancários:
Operadoras de Celular:
Praças:
Avenidas:
Distritos:
Vilas e Povoados:
Rios:
CEP: 39.527-000.
Este artigo é um esboço sobre Geografia de Minas Gerais. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. |