Congonhas é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.
Localiza-se a uma latitude 20º29’59” sul e a uma longitude 43º51’28” oeste, estando entre serras, a uma altitude de 871 metros. Sua população estimada em 2004 era de 44 279 habitantes.Possui uma área de 306,45 km².
A região é atravessada pelo rio Paraopeba e seu afluente o rio Maranhão (em cujas margens se fundou o arraial primitivo), que recebe as águas dos riachos Santo Antônio, Goiabeiras e Soledade. O solo é rico em minério de ferro de alto teor.
Situada a 70 km de Belo Horizonte, Congonhas possui um expressivo conjunto de riqueza barroca do maior artista do gênero no Brasil: Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido pelo apelido Aleijadinho. No adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Aleijadinho esculpiu em pedra-sabão as famosas imagens de 12 profetas em tamanho real que são visitadas anualmente por milhares de turistas do Brasil e de todo o mundo.
Além disto, as 6 capelas que compõem o Jardim dos Passos em frente à basílica representam a Via Sacra com belíssimas imagens esculpidas em cedro também por este grande artista barroco. Em 1985 todo este conjunto foi tombado pela UNESCO e transformado em Patrimônio Cultural da Humanidade.
Os principais atrativos de Congonhas são: Basílica Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Romaria, Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja do Rosário, Museu da Imagem e Memória e o Parque da Cachoeira.
Antes de ser a “cidade dos profetas”, Congonhas foi e ainda é um grande centro de peregrinação, todo ano o município reúne milhares de fiéis em busca de cura das suas aflições, são aproximadamente 5.000.000 de peregrinos que visitam Congonhas entre 7 a 14 de setembro, período em que é comemorado no município o Jubileu do Bom Jesus de Matozinhos.
O município possui como maior fonte de renda a extração mineral e a indústria metalúrgica com destaque para a mina de Casa de Pedra (Companhia Siderúrgica Nacional- CSN) e a Mina da Fábrica (antiga Ferteco Mineração S/A, hoje incorporada à CVRD).
Teve origem em 1757 quando foi fundado o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, por Feliciano Mendes, de Guimarães, nascido em Portugal, de início modesta cruz e oratório; ele era tão pobre que até morrer, em 1765, pedia esmolas.
Contribuíram com grandes quantias Francisco de Lima; Manuel Rodrigues Coelho, Bernardo Pires da Silva, de modo que se começou a nave central da igreja; em 1787 foi colocada diante do altar-mor a imagem do Cristo morto; custódia e vasos sacros de prata foram encomendados ao ourives Felizardo Mendes. Em 1819 requisitaram-se os serviços do pintor Manuel da Costa Ataíde para restaurar pintura da capela-mor. De 1769a 1772 trabalhou ali o mestre João de Carvalhais, recebendo 32 oitavas «à conta da pintura do altar de Santo Antônio». Data de 1781 a última menção a Carvalhais: recebeu oito oitavas « de feitio de duas imagens de Cristo dos colaterais» para a igreja.
Em 1812 o barão Eschwege instalou no arraial, com a intenção pioneira no país de produzir ferro, sua Fábrica Patriotica, com Varnhagen e o intendente Câmara, sendo tal local situado às margens da rodovia BR 040, nas proximidades da Mina da Fábrica (nome dado em alusão a “Fábrica Patriótica”), hoje pertencente à VALE.
Célebre monumento histórico e artístico de Congonhas é o santuário barroco de Bom Jesus de Matosinhos, que é desde 1985 Patrimônio da Humanidade e um bem tombado pelo IPHAN. Construído em várias etapas, nos séculos XVIII e XIX, por vários mestres, artesãos e pintores, como o Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde, é uma das maiores realizações do barroco brasileiro.